Saindo à francesa!
Como a uva Carménère saiu da Europa e chegou na América do Sul
Originária da França, a Carménère é tem uma história muito rica até se tornar uma das uvas mais características do Chile. Na década de 1860, uma praga devastou a maioria dos vinhedos europeus e os produtores consideraram a variedade extinta.
Anos depois, ela fora redescoberta, na América do Sul, mais precisamente no Chile, trazida por acaso da Europa. Na época, o profissional responsável por identificar e classificar as variedades de uvas, identificou algumas Merlot que demoravam demais para maturar. Depois disso, estudos apontaram que a uva era, na verdade, Carménère, cultivada por engano.
O agradável clima chileno fez com que a uva se adaptasse muito bem ao país, tornando-se referência por sua qualidade e sabor inconfundíveis. No paladar, notas marcantes de vegetais, como ensina o sommelier Marcelo de Mello Castro: “A Carménère é menos frutada, tem um toque mais vegetal e de especiarias. Dependendo da regiãode cultivo, ela ainda é mais ou menos encorpada que a Merlot. Clientes já me relataram ter sentido toque de pimentão, folhas verdes e até quiabo”.
A harmonização pede carnes vermelhas poucos gordurosas e com algum molho, massas, carnes de caça e carne de boi assada, no caso dos vinhos mais estruturados. Se preferir um queijo, opte pelo gorgonzola.
“O Reserva ConoSur é um vinho médio, muito bom! Exclusividade do Armazém do Grão, o Atractivo também é um rótulo que chama atenção. Outro exclusivo do Armazém é o Toro de PiedraGran Reserva, que é mais encorpado”, indica o sommelier.